Bancos comunitários discutem novas tecnologias de moedas sociais em Fortaleza
Encontro traz panorama da criação de sistemas comunitários no país e destaca a experiência de Maricá (RJ), que lançou a 'mumbuca' para destinar por meio de cartão eletrônico benefício a 13 mil famílias
Banco Palmas: instituição criada em Fortaleza desenvolve tecnologias para dar suporte a moedas sociais
Encontro realizado nesta quinta-feira em Fortaleza deu um panorama da criação de bancos comunitários e moedas sociais no país. Das 104 instituições dessa categoria desenvolvidas no Brasil nos últimos anos, 40 estiveram representadas no evento, que também encerrou uma série de oficinas de caráter formativo, apresentadas durante janeiro e fevereiro em cidades do interior do Ceará e em Belém.
Um dos destaques do encontro, organizado pelo Instituto Banco Palmas, organização de sociedade civil que difunde práticas de economia solidária entre os 32 mil moradores do conjunto Palmeira, na periferia de Fortaleza, foi a apresentação da 'mumbuca', lançada oficialmente no início do ano, a primeira moeda social eletrônica do país, com suporte em cartão magnético, elaborada pela prefeitura de Maricá (RJ), com apoito técnico do Banco Palmas.
A prefeitura de Maricá lastreia a 'mumbuca' por meio de 13 mil bolsas destinadas a famílias de baixa renda, totalmente em moeda social. Para viabilizar o sistema, a prefeitura sancionou uma lei municipal que criou o Fundo Municipal Banco Comunitário Popular de Maricá, responsável por fomentar o programa de distribuição de renda através de bolsas. Os pagamentos são feitos pelo Banco Comunitário Popular de Maricá.
De acordo com uma pesquisa publicada em 2014 pela Rede Brasileira de Bancos Comunitários, os bancos comunitários movimentaram R$ 18 milhões em crédito produtivo e R$ 600 mil por meio das moedas sociais em 2013. Outra novidade em economia solidária apresentada hoje é o modelo de moeda social por celular, novo projeto do Banco Palmas.
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