terça-feira, 30 de setembro de 2014


Os três patéticos
e o discurso
de Dilma na ONU


Antonio Lassance (*)                                  

Arquivo

Sábio é o ditado de que “Deus não dá asa a cobra”.
Já imaginou se nossa política externa fosse comandada por um time como Demétrio Magnoli, Reinaldo Azevedo e Arnaldo Jabor?
A única dúvida seria a de onde estariam nossas tropas na semana que vem.
Moe, Larry e Shemp não leram, não ouviram e mesmo assim não gostaram do discurso da presidente Dilma na ONU. Uma semana depois, o episódio ainda rende comentários.
Como ousam Dilma e o Itamaraty invocar a solução pacífica dos conflitos, enquanto os três patéticos pedem Capitão América e Rambo?
Esse princípio constitucional da política externa brasileira acabou virando, com a obtusa ajuda do Partido da Imprensa Golpista, mais um legado do petismo.
Se Azevedo, Magnoli e Jabor nos mostram que a História do Brasil realmente começou com Lula e Dilma, quem somos nós para discordar?
Os pistoleiros de nossa política externa acusaram Dilma de querer negociar com terroristas e até de reconhecer o Estado Islâmico – balas de festim do esforço concentrado para derrubar qualquer meia dúzia de votos da presidenta. Quanto vale esse esforço?
O mais intrigante é que os terroristas do Estado Islâmico têm sotaque britânico; usam armas do Ocidente; combatem, na Síria, o arqui-inimigo Bashar al-Assad; são adversários históricos dos xiitas iranianos.
Nos anos 1980, no velho Jornal Nacional, Paulo Francis e Cid Moreira davam pedagógicas lições diárias sobre o conflito entre Irã e Iraque.
Fomos adestrados a entender que, no mundo islâmico, os xiitas são os malvados, e os sunitas, os bacanas.
Até o PT chegou a ser apelidado de xiita, em homenagem aos malvados, claro.
O tempo passou e os bacanas deram origem à Al Qaeda e, “voilà”, ao Estado Islâmico.

Às vésperas da eleição, a tentativa de se criar alguma celeuma sobre o discurso de Dilma na ONU mostrou apenas que os três colunistas do apocalipse fazem qualquer negócio para massagear sua presunção de formadores de opinião e atacar até mesmo o óbvio ululante. Afinal, o óbvio ululante só pode ser lulista.
Realmente patético.
(*) Antonio Lassance é cientista político.

Um comentário:

O que vier à mente disse...

Faltou incluir entre os patetas, dois dos mais importantes. Diogo Mainardi (a minha anta) e Guilherme Fiuza.
Estes imbecis não entendem que se comprometer a apoiar os ataques ao EI é enviar muitos milhões de dólares e, se necessário, pessoas para este combate.
E depois esses patetas iriam reclamar que o Brasil, ou melhor, o PT e a Dilma estariam gastando o dinheiro suado do contribuinte com a guerra externa em vez de resolver a guerra interna que nós vivemos neste mundo de violência.
Jabor daria um show no JG. A anta escreveria uma página na Espia e o Fiuza escreveria mais um capítulo de sua história de um só tema.