sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Grupo de Roberto Amaral 

tenta conter domínio

marinista no PSB                                                  Luis Nassif Online  imagem de pedro cavalcante

Jornal GGN - O PSB reúne os filiados na próxima segunda-feira (29) para escolher o novo presidente nacional da legenda. Roberto Amaral assumiu o cargo interinamente após a morte de Eduardo Campos, em agosto. Campos, da ala pernambucana do PSB, guiava a sigla há anos. Hoje, a lacuna deixada pelo ex-governador aumenta a desconfiança dos socialistas mais tradicionais acerca do avanço do núcleo que agora está na órbita de Marina Silva. Ela é apoiada pela ala pernambucana que reivindica a herança de Campos.
É em meio a uma eleição presidencial disputadíssima que o novo embate político-partidário brota na seio do PSB. Amaral já foi à imprensa dizer que não abre mão da eleição do dia 29, enquanto Beto Albuquerque, vice de Marina, disse que tentará dissuadir o correligionário para não prejudicar a campanha em todo o território nacional.
A questão é que se o grupo de Amaral deixar a escolha do novo presidente para depois de 5 de outubro, corre o risco de ser vencido pela frente marinista e pernambucana. Principalmente se Marina for eleita para o cargo máximo do Palácio do Planalto, desbancado Dilma Rousseff (PT).
Quem apoia Amaral na decisão é o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, ex-coordenador de Campos. Ele rompeu imediatamente com a campanha presidencial assim que Marina foi escolhida como substituta. Irritado com a atitude personalista da candidata, Siqueira chegou a dizer que não quer manter relações “com essa senhora”.
As divergências entre Marina e alguns pessebistas de raiz não ficam no âmbito pessoal. Na verdade, o programa de governo da candidata e pessoas que ela escolheu para conduzir a elaboração das propostas já foram criticados publicamente várias vezes pelo próprio Amaral.
"Militante honorária"
Segundo informação do jornalista Kennedy Alencar, Amaral pretende oferecer a Marina, na próxima segunda, o título de “militante honorária do PSB, deixando claro que ela tem um papel importante na sigla também”. Porém, o foco é evitar que Marina, que ainda sonha com a criação da Rede Sustentabilidade, use o PSB como fez, no passado, com o PV - obrigando o partido a abrir mão de diversas bandeiras históricas para abrigá-la.
Contra a vitória do grupo de Amaral na disputa pelo PSB existem algumas opções. Em Pernambuco, por exemplo, há Paulo Câmara e Rodrigo Rollemberg. Segundo Kennedy Alencar, com aval de Marina, a ala de Beto Albuquerque estuda emplacar o prefeito de Recife, Geraldo Júlio, na chefia nacional do PSB. 

Nenhum comentário: