terça-feira, 26 de agosto de 2014


Globo mostra o canhão a Marina (de volta 

ao vamos ver quem manda aqui”)

                   
Fernando Brito           
laranja
Mais importante que a pesquisa Ibope no Jornal Nacional desta terça-16  foi a reportagem sobre os donos do jatinho que matou Eduardo Campos e transformou Marina Silva em sucesso eleitoral.
Fartamente abastecida – como sempre – pela Polícia Federal, a matéria começou a revelar o “laranjal” montado pelo PSB e pelos empresários amigos de Campos para “comprar” o jato que acabaria por matar o candidato.
Até um peixeiro do Recife foi usado como “bucha” na transação.
O JN adiantou a pauta “malvada” da entrevista de Marina Silva, nesta quarta.
E nem mesmo citou o outro “megabucha” da compra do avião, Apolo Santana, processado por contrabando.
Vale a pena ler a matéria e ver o potencial explosivo do caso. E, querendo assistir em vídeo, do JN, , clique aqui.
É impressionante.
Marina terá 24 horas para explicar ou, como é mais provável, dizer que não tem nada com isso.
Talvez, até, pessoalmente, não tenha.
Mas fica comprometida a imagem do “São” Eduardo,  que a beatifica como candidata da 'nova política'.
E vai ter de ser “boazinha” com William Bonner e Patrícia Poeta.
Afinal, é preciso saber quem manda, não é?
Nesta quarta, o Tijolaço, que não tem acesso à Polícia Federal e nem faz chantagem política, vai mostrar mais “travessuras” dos homens a quem o PSB atribuiu o “contrato de boca” para ceder o jatinho a Eduardo e Marina.
Jornal Nacional:

Documentos indicam empresas fantasmas na compra

do avião em que morreu Eduardo Campos

O Jornal Nacional teve acesso com exclusividade aos extratos da conta AF Andrade – empresa que, para a Anac, é a dona da aeronave.

O Jornal Nacional obteve, com exclusividade, documentos importantes da operação de compra e venda do jato Cessna, que era usado pelo candidato do PSB à presidência, Eduardo Campos.
O dinheiro que teria sido usado para pagar o avião em que morreu o candidato Eduardo Campos passa por escritórios em Brasília e São Paulo, e por uma peixaria fantasma em uma favela do Recife.
“Rapaz, eu estou até desnorteado. Como é que eu tenho uma empresa uma empresa sem eu saber?”, questiona um homem.
O Jornal Nacional teve acesso com exclusividade aos extratos da conta AF Andrade – empresa que, para a Anac, é a dona da aeronave. Mas a AF Andrade afirma que já tinha repassado a aeronave para outro empresário, que emprestou para a campanha de Campos.
Os extratos que já foram entregues à Polícia Federal mostram o recebimento de 16 transferências, de seis empresas ou pessoas diferentes. Num total de R$ 1.710.297,03.
Nos extratos aparecem os números do CPF das pessoas físicas ou do CNPJ, das empresas que transferiram dinheiro para a AF Andrade. Com esses números foi possível chegar aos donos das contas.
A empresa que fez a menor das transferências, de R$ 12.500, foi a Geovane Pescados. No endereço que consta no registro da peixaria encontramos Geovane, não a peixaria.
“Acha que se eu tivesse uma empresa de pescado eu vivia numa situação dessa?”, diz Geovane.
Outra empresa, a RM Construções, fez 11 transferências, em duas datas diferentes. Cinco no dia 1º de julho e mais seis no dia 30 de julho, somando R$ 290 mil.
O endereço da RM é uma casa no bairro de Imbiribeira em Recife. Mas a empresa de Carlos Roberto Macedo não funciona mais lá. “Tinha um escritório. Às vezes, guardava o material o outro”, conta ele.
Tentamos falar por telefone com Carlos, mas ele pareceu não acreditar quando explicamos o motivo da minha ligação.
Repórter: Você andou depositando dinheiro para comprar de um avião?
Carlos: Tem certeza disso?
Já um depósito de quase R$ 160 mil saiu da conta da Câmara & Vasconcelos, empresa que tem como endereço uma sala vazia em um prédio e uma casa abandonada. Os dois lugares em Nazaré da Mata, distante 60 quilômetros do Recife.
A maior transferência feita para a AF Andrade foi de R$ 727 mil, no dia 15 de maio, pela Leite Imobiliária, de Eduardo Freire Bezerra Leite.
E completam a lista de transferências João Carlos Pessoa de Mello Filho, com R$ 195 mil, e Luiz Piauhylino de Mello Monteiro Filho, advogado com escritórios em Brasília, Recife e São Paulo, com uma transferência de R$ 325 mil.
Luiz Piauhylino de Mello Monteiro Filho disse que realizou, em junho, uma transferência bancária de R$ 325 mil e que esse valor é referente a um empréstimo firmado com o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho.
O empresário João Carlos Lyra declarou que, para honrar compromissos com a empresa AF Andrade, fez vários empréstimos, com o objetivo de pagar parcelas atrasadas do financiamento do Cessna.
A Leite Imobiliária confirmou que transferiu quase R$ 730 mil para a AF Andrade  como um empréstimo a João Carlos Lyra.
Já o PSB declarou, nesta terça-feira (26), que o uso do avião foi autorizado pelos empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira.
E que o recibo eleitoral, com a contabilidade do uso do Cessna, seria emitido ao fim da campanha de Eduardo Campos.
O PSB afirmou que o acidente, em que morreram assessores do candidato, criou dificuldades para o levantamento de todas informações.

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