quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Fim da farsa: arquivada denúncia      de    Dantas
contra    Telecom    Itália

Mais uma farsa de Daniel Dantas(beneficiário da 'privataria tucana'), reproduzida como 'verdade' no Brasil, é engavetada pela justiça italiana.
                                              
                             
Uma das maiores farsas montadas pelo banqueiro Daniel Dantas caiu definitivamente por terra. A Justiça italiana mandou arquivar em março o inquérito que apurava supostos subornos pagos pela Telecom Italia no Brasil. No auge da disputa pelo controle da telefonia no País e de seus problemas com o Judiciário brasileiro, Dantas evocou a existência de uma investigação italiana sobre pagamento de propina. Na versão do banqueiro, a operadora pagava seu desafeto Luís Roberto Demarco e este distribuía dinheiro a policiais, juízes, políticos e jornalistas. O intuito seria perseguir Dantas e obrigá-lo a sair dos negócios.
O inquérito é surreal em sua essência. São listadas testemunhas inexistentes, locais, fatos e datas errados e documentos irrelevantes. Tudo indica que Dantas aproveitou outra investigação a envolver a Telecom Italia para criar um factoide em Milão e usá-lo no Brasil. Apesar da inconsistência, o banqueiro valeu-se de sua influência para transformar a papelada tosca em um escândalo nacional. Contou com o apoio inestimável de seus assessores de imprensa disfarçados de jornalistas em alguns dos principais jornais, revistas e tevês do País. Nascia o mito do “inquérito italiano”, cantado em verso e prosa.
A pressão da mídia dantesca e o trabalho nos bastidores realizado por seus advogados convenceram desembargadores a solicitar a anexação do tal inquérito em investigações contra o dono do Opportunity. A manobra serviu, no mínimo, para adiar processos em curso que complicariam a vida de DD.
No despacho de março, o juiz Giuseppe Gennari, baseado no parecer da Procuradoria de Milão, mandou arquivar o caso por absoluta falta de provas. A Telecom Italia, reconhece, ajudou Demarco a custear advogados em uma disputa judicial onde ambos enfrentavam Dantas. Tudo legítimo.
O mais impressionante: o banqueiro havia adotado estratégia semelhante no fim dos anos 90 em outra pendenga com Demarco, dessa vez nas Ilhas Cayman. Apoiou-se em papéis furtados e testemunhos falsos. A Justiça de Cayman o obrigou a se retratar, conforme lê-se no documento ao lado. Dantas parece sofrer do vício da impunidade. Um dos sintomas é a obsessiva repetição de manobras fraudulentas.  Pudera: ninguém tem costas tão quentes no Brasil quanto ele.

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