sábado, 24 de maio de 2014


Retrato de uma eleitora de

Aécio (mas não quando

jovem)
Miguel do Rosário                        

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A coluna do nosso querido Wandinho é de humor, mas também nos traz informações políticas e antropológicas interessantes. Reproduzo abaixo trecho da coluna desta sexta-feira, onde ele comenta entrevista de uma socialite carioca que faz uma divertida declaração de voto.
É engraçado, porém retrata uma verdade triste, a mentalidade antidemocrática de nossa elite, assentada num conjunto prodigioso de desinformação política. Desinformação que eles mesmo patrocinam. Eles patrocinam as mentiras, depois acreditam nelas.
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tarja_beijo
A alta sociedade brasileira é mesmo diferenciada. Essa semana ela esteve em evidência no Rio de Janeiro, quando socialites cariocas botaram a boca no trombone e criticaram a “orkutização” de um shopping de luxo da cidade.
Mas quem se destacou no universo do high society foi Lourdes Catão, que desfilou toda sua sabedoria aristocrática em entrevista para o jornal O Globo, levando o beijo no coração dessa semana:
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A elegância da guardiã da elite brasileira é tão grande, que, segundo o jornal, Lourdinha “tem o hábito de sempre terminar as frases com um sorriso largo, até quando o assunto não é muito agradável”. Aos 85 anos de idade, a socialite ainda encontra fôlego para reclamar dos novos tempos e das transformações na alta sociedade:
A sociedade mudou de hábitos. Empobreceu mesmo… Não dão mais festas como antigamente. E as celebridades são mais conhecidas das pessoas. Não importa mais tanto o sobrenome e sim se a pessoa circula, se é vista
Mas não é só de sobrenome e glamour que vive a nata social brasileira. Política também é um tema que ronda o circuito. Depois de falar mal de todos os candidatos à presidência, Catão confessa:
Acho que o Aécio é o melhor, mais do nosso lado… Dilma não pode ser reeleita de jeito nenhum. (…) Estamos virando a Venezuela. Se eu pudesse, voltaria amanhã para Nova York. Mas estou mais velha e daria muito trabalho empacotar tudo isso aqui de novo
De fato, não deve ser fácil empacotar toda a enorme mobília e prataria de Lourdes e se mandar de repente pros EUA. Pra quem já morou 20 anos em Nova Iorque e 5 anos em Paris, não será nada fácil passar o fim da vida no comunismo de Caracas. Força, madame Catão!

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