quarta-feira, 19 de março de 2014

Fórum Brasil

Luiza Trajano critica pessimismo de empresários: "Não estamos em depressão"

"Quando alguém está depressivo, ele fica com a imagem ruim. Essa onda não é tão grande quanto parece, mas a NOSSAcomunicação está muito falha", afirma a executiva
Rafael Nardini                                                     Carta Capital
                                                                                                                                          André Luy
A empresária cobrou ações governamentais para tentar conter a desinformação, a principal causadora dessa sensação depressiva. “Estou despertando a comunicação desde a minha casa, do meu prédio... Nós temos de ter uma estratégia de comunicação educativa. Porque não vemos a comunicação como educação. Precisamos entender que a comunicação passa pelo educativo.”
Um dos exemplos de melhorias que poderiam ser ressaltados para aplacar o pessimismo é o baixo índice de desemprego. “As pessoas falam: 'ah, mas não tem empregado'. Que bom que as pessoas não estão na fila dia e noite em busca de emprego, como vivemos décadas disso. Cada loja que o Magazine abria numa cidade eram duas mil pessoas ficando dia e noite na fila para 40, 50 vagas. Esse quadro mudou”, disse.
A empresária disse não estar preocupada com os índices de inadimplência – tema, aliás, de seu embate com o colunista Diego Mainardi, no programa Manhattan Connection, da GNT -, sejam eles no varejo ou em outros setores da economia. Essa sensação de segurança está calcada nos critérios da rede bancária brasileira para a liberação de crédito. “Não se preocupe. Os bancos só soltam crédito quando a inadimplência está baixa. Se não eles trancam tudo. Quando você vê abrir um pouquinho é porque a inadimplência está boa.”
Integrante do comitê organizador da Olimpíada Rio/2016, a empresária afirmou que os investimentos orçados em 7 bilhões de reais para o evento foram captados junto à iniciativa privada. “Encerramento, segurança, transporte, alojamento... vai ser tudo tirado desses patrocinadores. Falei com o Murilo (Ferreira, presidente da Vale) agora... Estou até ajudando a encontrar investidores.”
Trajano disse acreditar que a Olimpíada será capaz de aquecer o mercado de trabalho e render aos jovens oportunidades de emprego durante e depois da realização do evento. “Vamos ter 209 países nos visitando. Hoje recebemos 7 ou 8 milhões de turistas por ano. É provável que, quando passar a Olimpíada, tenhamos de três a quatro vezes mais turistas”.


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