sexta-feira, 17 de janeiro de 2014


'Rolezinhos', condimento adolescente da  histórica luta de classes
(que fingimos não  existir entre nós)                                                          (Charge de Carlos Latuff)    Do AMgóes -  Sinceramente, só por  desinformação ou má-fé negarmos o recrudescimento da LUTA DE CLASSES, reiterada desde que o mundo é mundo, na busca dos humanos por poder político e econômico, com a violência das elites se sobrepondo à ideia de contrapontos a sua perspectiva hegemônica e segregacionista de vida. 

A farsa da 'paz social' garantida pelo cassetete ou por balas homicidas dos 'agentes da lei' acabou por gerar  radical insatisfação dos que nasceram obrigados a se conformar com a miséria, sob a falácia criminosa do 'cada qual em seu lugar'. Ou os ricos deixam de sonegar(roubar) o que devem ou, mais cedo que que pensam, deixarão de fazê-lo na marra. 

Foi assim que Luís XVI, Maria Antonieta e seu séquito nobiliárquico perderam a cabeça na França, bem  assim o czar da Rússia e outros mundo afora. E não há prédica bíblica, citada à exaustão em capítulos e versículos privilegiadores dos 'mansos e humildes de coração', que segure a fúria dos 'maus'(nascidos 'bons'), assim transformados pelo odioso farisaísmo dos 'escolhidos'(afinal, quem os 'escolheu' mesmo, em que eleição, ao som de abstratas trombetas celestiais, receberam o 'direito' de oprimir os tidos por estranhos a sua 'casta' dominadora?). 

É senão uma fratricida LUTA DE CLASSES o imemorial conflito entre religiões, 'insuflado' milenarmente pela Igreja Católica contra as mais tênues posições contraditórias a seus princípios dogmáticos? A 'santa' Inquisição não me deixa mentir, com os milhões levados à fogueira 'purificadora' por discordância das 'verdades' estabelecidas, como, entre milhares 'delas', a de que a Terra era o centro do Universo, em torno da qual gravitavam corpos  inferiores, inclusive o sol.

Realmente,  inadmissível(e imperdoável) para nossa embolorada classe média ('média-alta' e 'média-média')o vigente projeto político destinado à inclusão socioeconômica de crônicos bolsões miseráveis na vida do país. Embora suscetível a contradições e tibiezas em seu caminho, o processo teve sua gênese consolidada, asseguro, sem volta. Salvo se os oligárquicos recalcitrantes da hegemonia elitista insistirem, como o fazem até hoje, em brigar com fúria pelos  anéis.

Nesta LUTA DE CLASSES, na forma como procedem, os donos dos anéis acabarão irremediavelmente perdendo os dedos(e as mãos, os braços, os pés, a própria vida) por elementar incapacidade em conviver com os 'deserdados' e lhes outorgar uma cota mínima das riquezas do mundo(decentemente compatível com as básicas necessidades de um simples mortal)  de que se apropriaram desde sempre por desenfreada ganância, invocando até  prerrogativas de fantasiosa 'lei divina'. 

Os 'shoppings', em qualquer grande ou médio centro urbano do país,  são atraentes refúgios dos convescotes informais das elites e seus parceiros remediados. Daí a tentação de uns 'rolezinhos' para matar a curiosidade de negros e pobres(agora com 'algum' no bolso) por lá, deu para entender? 

E eles também são filhos de Deus, à imagem e semelhança de 'mauricinhos' e 'patricinhas', a quem causam tanto pavor...                          



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