sexta-feira, 24 de maio de 2013


"Em Alagoas, BOLSA FAMÍLIA é quatro 

  vezes maior que cana-de-açúcar"             

Programas do governo federal sustentam economia local                                      

Do AMgóes - O Roberto Amaral, de Palmeira dos Índios/AL, desencavou e publicou no Facebook entrevista concedida em 2008  pelo professor CÍCERO PÉRICLES DE CARVALHO, da Universidade Federal de Alagoas, doutor em  Economia e mestre em Sociologia Política. 

Ao acreditado site 'Conversa Afiada', do jornalista Paulo Henrique Amorim(ex-Rede Globo, há anos na Rede Record), Cícero Péricles analisou, quase 5 anos atrás,  a importância fundamental de programas de transferência de renda do governo federal para a economia alagoana, à frente o 'Bolsa Família,  face à realidade, até então hegemônica, da agroindústria do açúcar no sofrido Estado nordestino. 

Nestes tempos de boatos e falácias, armas bizarras(e inócuas) da falida oposição,  na tentativa de se contrapor ingloriamente aos avanços do país na última década, vale a pena repassar a matéria.

Para bom entendedor: não fossem o 'Bolsa Família' e demais programas de inclusão social,  Alagoas estaria em clima de absoluto ranger de dentes, como se  já não bastasse o pernicioso recrudescimento da cultura coronelesca predominante por lá, impondo à sua gente os piores índices de natureza socioeconômica do país .

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No Conversa Afiada - Paulo Henrique Amorim (fev/2008)

"Alagoas é a Suécia ensolarada"

                                                Carvalho: Alagoas é a `Suécia ensolarada´
                                                       Cícero Péricles de Carvalho

O professor de economia da Universidade Federal de Alagoas Cícero Péricles de Carvalho fez um estudo sobre o impacto do Bolsa Família no Estado. A pesquisa de Carvalho foi publicada pela revista inglesa The Economist e mostra que o Bolsa Família injeta quatro vezes mais dinheiro na economia de Alagoas do que a principal atividade agrícola do Estado, que é a cana-de-açúcar.

Carvalho disse que o trabalhador alagoano recebe R$ 3,00 por tonelada de cana cortada (clique aqui para ouvir o áudio). O Estado de Alagoas produz 25 milhões de toneladas de cana por ano. Isso significa que para cortar toda a cana alagoana o patronato paga R$ 75 milhões.

"E R$ 75 milhões é todo o dinheiro colocado na renda da sociedade para o consumo, naturalmente, em função do corte da cana. O Bolsa Família representa R$ 300 milhões por ano. Ou seja, é quatro vezes mais importante do que toda a renda gerada no principal setor agrícola local", disse Carvalho.

350 mil famílias de Alagoas recebem dinheiro do Bolsa Família. Isso significa a metade das famílias de Alagoas. A outra metade, segundo Carvalho, recebem dinheiro da Previdência Social. Por isso Carvalho diz que Alagoas se tornou "a Suécia ensolarada".

"Nem a Suécia tem uma cobertura social tão extraordinária. E quando o salário mínimo tem um aumento pequeno, como agora, R$ 32,00, o impacto é muito grande porque a pobreza também é muito grande", disse Carvalho.

O estudo de Cícero Péricles de Carvalho mostra que o Bolsa Família tem impacto positivo no comércio de Alagoas e do Nordeste. Segundo o professor, o comércio de Alagoas bate recorde de vendas há 46 meses seguidos.

"Desde março de 2004 que Alagoas bate recorde sobre recorde. Mas, veja só, é recorde sobre o seu próprio consumo, mas também o dobro da média nacional. E não tem explicação econômica para isso", disse Carvalho.

A pesquisa mostra que os recursos do Bolsa Família geraram uma explosão no consumo das famílias alagoanas, sobretudo no que diz respeito ao consumo de bens duráveis, como eletrodomésticos e móveis.

Leia a íntegra da reportagem publicada na revista The Economist (traduzida):

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FAMÍLIAS FELIZES

The Economist - 7/fev/2008 
-John Prideaux, de Maceió/Alagoas/BRASIL

Um programa de combate à pobreza, inventado na América Latina, ganha repercussão internacional

FALE em globalização e as pessoas pensam em produtos cruzando o mundo do leste ao oeste, enquanto dólares fazem o caminho inverso. Ainda assim, a globalização funciona com idéias também. Observe-se o programa de combate à pobreza, BOLSA FAMÍLIA, do Brasil, o maior em todo mundo nesta categoria. Conhecido no jargão de desenvolvimento como programa de "transferência de renda por condicionalidade", ele foi moldado (em parte) sobre um programa similar do México. Após ser testado em larga escala em diversos países da América Latina, uma versão melhorada foi recentemente implementada em Nova York na tentativa de ampliar as oportunidades para crianças oriundas de famílias pobres. Membros do Governo Federal brasileiro estiveram no Cairo esta semana para ajudar o governo egípcio a montar um programa similar. "Governos de todo o mundo estão observando este programa", diz Kathy Lindert do escritório do World´s Bank em Brasília, que deve iniciar programas parecidos na Europa do Leste.

O 'Bolsa Família' atua da seguinte maneira: nas famílias que recebem menos de 120 reais ($68) por pessoa ao mês, as mães recebem um benefício de até 95 reais, com a contrapartida de que seus filhos freqüentem a escola e participem dos programas de vacinação do governo. Aos municípios cabe a compilação das informações de compatibilidade e atendimento às condicionalidades, mas os pagamentos são mantidos pelo Governo Federal. Cada beneficiário recebe um cartão de débito para os pagamentos mensais, contanto que as condicionalidades sejam cumpridas; do contrário (após avisos) o pagamento é suspenso. Estima-se que 11 milhões de famílias recebam o benefício, o que equivale a um quarto da população brasileira.

No Estado nordestino de Alagoas, um dos mais pobres do Brasil, mais da metade das famílias integram o 'Bolsa Família'. Das demais, a maioria recebe pensão do Estado. "É como a Suécia ensolarada", diz Cícero Péricles de Carvalhos, um economista da Universidade Federal de Alagoas. Até certo ponto. Por volta de 70% da população de Alagoas são analfabetos ou sequer concluiram o ensino primário. A expectativa de vida é de 66 anos, seis abaixo da média brasileira. "Em termos de desenvolvimento", diz Sérgio Moreira,  secretário de planejamento alagoano, "Alagoas está mais próximo de Moçambique do de outras partes do Brasil". A compra de votos é ampla: vendeu-se voto na última eleição para Governador por 50 reais (em média). "Pessoas chegam até nós reclamando que venderam seus votos para um político e que ele não lhes pagou ainda", diz Antônio Sapucaia,  presidente do Tribunal Eleitoral de Alagoas. 

Enquanto garante ajuda imediata aos pobres, o 'Bolsa Família' almeja um objetivo de longo prazo para encerrar esta cultura de dependência e garantir e às crianças  uma educação melhor que a de seus pais. E já há alguns sinais encorajadores. A freqüência escolar aumentou em Alagoas, bem como em todo país, graças ao 'Bolsa Família' e a um programa anterior chamado 'Bolsa Escola'.

O programa também ajudou a pobre região nordeste a superar a média nacional de crescimento econômico. Isso auxiliou na redução da desigualdade de renda no Brasil. Ainda que apenas 30% da força de trabalho de Alagoas, de 1,3 milhão de pessoas, possuam um emprego formal, mais de 1,5 milhão tinham celular no ano passado. "Os pobres estão vivenciando o crescimento chinês", diz Aloizio Mercadante, senador por São Paulo, repetindo o orgulhoso discurso do Partido dos Trabalhadores, que governa o país.

Procure com atenção e é possível também encontrar negócios disseminados por esta ampliação do consumo entre os pobres. Pedro dos Santos e sua esposa Dayse montaram uma fábrica de sabonete com 20 reais na sua casa, em uma favela de Maceió, capital de Alagoas. Com a ajuda de microcrédito eles aumentaram a produção diária para 2 mil barras de sabão, em pedaços cor de mostarda. Ali perto, outro beneficiário de microcrédito abriu uma loja de bebidas, lanches e doces. Na parede da loja uma lembrança que a política do Estado custará a mudar: um pôster de campanha eleitoral com o slogan "Collor: o Senador do povo". Fernando Collor foi obrigado a renunciar como presidente do Brasil em 1992, após seu chefe de campanha comandar um esquema ilícito de tráfico de influência. Em seu Estado, porém, a carreira política do sr. Collor é próspera.

Apesar do sucesso imediato do 'Bolsa Família', três preocupações continuam. A primeira diz respeito à fraude. Como o dinheiro é pago diretamente ao cartão do beneficiário, há pouco controle desta saída de dinheiro. A questão é se os governos locais estão ou não apurando informações corretas e fiscalizando o cumprimento das condicionalidades. Em torno de 15% dos conselhos municipais afirmam de maneira improvável que 100% das crianças estão na escola, 100% do tempo. Apesar disso, a maior parte do dinheiro vai para as pessoas certas: 70% vai para os 20% mais pobres, afirma o World Bank.

Segundo, algumas pessoas receiam que o 'Bolsa Família' se manterá como um retrato definitivo da sociedade brasileira, e não um implemento temporário para ampliar oportunidades. Se isso acontecerá ou não, dependerá em grande parte de as escolas públicas brasileiras se desenvolverem de forma rápida para garantir ensino de qualidade. Desde o começo do programa em larga escala (2003), é ainda cedo para afirmar.

Terceiro, o 'Bolsa Família' é associado com a compra de votos. Isso é injusto. O nome de Luiz Inácio Lula da Silva é fortemente associado ao programa - mesmo entre algumas pessoas de Alagoas que sequer sabem que ele é o presidente. Mas a gratidão deles não se estende ao PT. Há sinais de que prefeitos que gerenciam bem o programa são agraciados nas eleições, o que não vale para aqueles que não administram corretamente o 'Bolsa Família'. Por um relativamente modesto esforço (0,8% do GDP), o Brasil recebe um bom retorno. Se o mesmo pudesse ser dito em relação a tudo mais com que o governo gasta, a realidade do país seria bem mais promissora, apesar dos avanços já registrados.
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Leia a íntegra da entrevista com Cícero Péricles de Carvalho:

Paulo Henrique Amorim - Eu vou conversar agora com o professor de Economia da Universidade Federal de Alagoas, Cícero Péricles de Carvalho,que tem feito estudos sobre o impacto do Bolsa Família em seu Estado.  Professor Carvalho, o senhor vai bem? 

Cícero Péricles de Carvalho - Bem, Paulo. Alegre por ouvir a sua voz e sua animação e essa irreverência permanente...

Paulo Henrique Amorim - A animação é com as descobertas que o senhor fez, que resultaram em publicações da imprensa brasileira e até na renomada e respeitada revista inglesa The Economist, onde o senhor é citado nominalmente como se Alagoas tivesse se transformado numa Suécia ensolarada (risos).

Cícero Péricles de Carvalho - Que maravilha! (risos)

Paulo Henrique Amorim - Além de professor de Economia, o senhor é um poeta (risos). Professor, me diga uma coisa, as informações que eu tenho aqui mostram que a metade das famílias em Alagoas integra o Bolsa Família. Eu lhe pergunto: quais são os principais impactos, a principal repercussão desse fato na economia e no ambiente social de Alagoas?

Cícero Péricles de Carvalho -Veja bem: como aqui são assistidas 350 mil famílias, é o maior número proporcional do Brasil de atendimento do Bolsa Família em relação ao total da população. O impacto em Alagoas  maior é proporcialmente maior que nos demais estados, inclusive nos nordestinos, Paulo. O principal é no consumo direto: a demanda reprimida por alimentos, roupas, remédios ela é, de alguma forma, parcialmente atendida pelos recursos do Bolsa Família. É muito baixa a média de pagamento por família, de 76 reais, é muito baixa ainda. No entanto, dado o nível de pobreza generalizado da população alagoana, e nordestina também, é evidente que um programa como esse tem um aspecto extremamente positivo, pois libera recursos imediatos, em forma de dinheiro vivo e não em forma de outro serviço, para que a população possa ir ao mercadinho, à feira popular, ou seja, aos canais de comercialização, para adquirir os bens com que sonhava desde sempre. Dessa forma, a explosão do consumo é o primeiro, e mais importante, dos efeitos do Bolsa Família. 

Paulo Henrique Amorim - Mas, com R$ 76 reais por mês, o senhor pode falar numa explosão de consumo? O que é em números físicos, digamos assim, em que produtos isso tem se verificado?

Cícero Péricles de Carvalho - Posso explicar. Alagoas é o maior produtor de cana-de-açúcardo norte e nordeste do Brasil. A realidade é diferente, o Brasil é um país estranho, grande e com regiões muito diferenciadas. Uma tonelada de cana, cortada aqui, paga a um trabalhador, Paulo, três reais.  Não é uma cana, é uma tonelada de cana: três reais. E nós produzimos 25 milhões de toneladas de cana por ano. Isso quer dizer que, para cortar toda a cana alagoana, o patronato paga R$ 75 milhões. R$ 75 milhões é todo o dinheiro colocado na renda da sociedade para o consumo, naturalmente, em função do corte de cana. O Bolsa Família, Paulo, representa R$ 300 milhões por ano. Ou seja, é quatro vezes mais importante do que toda a renda gerada no principal setor agrícola local. Você está vendo a diferença? E isso também é o mesmo valor que pagam em Pernambuco, na Paraíba, ou seja, não existe nenhum elemento dinâmico da economia que joga tanta renda de forma imediata, e as contrapartidas são mínimas, é colocar a criança na escola, ou seja, as chamadas condicionalidades do Bolsa Família são muito poucas em função do imediatismo da população. Então, o volume é muito grande, R$ 300 milhões para uma economia periférica. A população que é atendida tem um nível de consumo, um padrão de consumo completamente diferente da classe média. Ela desconhece esses elementos de supermercado, é o consumo básico de alimentos, é a roupa singela, é o remédio que estava com medida de urgência, ou seja, esse consumo de imediato está se realizando. Tanto que o IBGE tem uma pesquisa extraordinária chamada Pesquisa Mensal de Comércio, que é feita regularmente, e nosso Estado tem um dado inusitado: há 46 meses, desde março de 2004,  Alagoas bate recordes sobre recordes, mas veja só, são recordes sobre o seu próprio consumo, mas também o dobro da média nacional e não tem explicação econômica para isso. 

Paulo Henrique Amorim - Isso é impressionante

Cícero Péricles de Carvalho - E o nordeste, todos os estados nordestinos, se você acionar lá na internet o IBGE, Pesquisa Mensal do Comércio, vai tomar um choque porque Alagoas não tem nenhum investimento, nenhuma dinâmica econômica chinesa, como se chama hoje, para explicar o consumo sequenciado. Daí, 46 meses é uma série histórica exagerada. Ainda que seja a Suécia com sol (risos). 

Paulo Henrique Amorim - Mas isso é positivo para os alagoanos...

Cícero Péricles de Carvalho - Quando eu falei Suécia com sol, eu disse ao John Prideaux, repórter inglês, que metade da população alagoana recebe Bolsa Família e a outra metade recebe também a Previdência Social. Isso é um detalhe importante,  760 mil famílias(350 recebem do Bolsa Família e 360 mil da Previdência.Nem a Suécia tem uma cobertura social tão extraordinária como a daqui. E, claro, quando o salário mínimo tem um aumento pequeno, como agora, R$ 32, o impacto é muito grande porque a pobreza também é muito grande. É evidente que o impacto do aumento do salário mínimo em São Paulo é um e no nordeste é outro, completamente diferente. R$ 32 fazem uma diferença extraordinária, naturalmente. Eu acredito que, não na periferia da capital paulista, mas no Estado de São Paulo e no Rio de Janeiro, o efeito é mínimo. 

Paulo Henrique Amorim - E o que é que o senhor pode nos contar sobre o efeito do programa Bolsa Família que fora precedido pelo 'Bolsa Escola', sobre a escolaridade das crianças alagoanas? O que é que já se pode medir aí?

Cícero Péricles de Carvalho - Excepcional. O último balanço do pelo próprio Ministério revela que o número de crianças com acompanhamento é quase de dois terços do contingente dessa faixa etária local. Imagine que o número de crianças hoje na escola,no Ensino Fundamental de Alagoas, é de quase 800 mil... Porque   a base da faixa etária da pirâmide, aqui, é muito ampla. São 800 mil crianças, num universo de três milhões de habitantes, para você acompanhar, dada a fragilidade social, a ausência de prefeituras eficientes, de secretarias que vivem permanentemente em crise...Nós temos um governo em crise há muitos anos, mesmo assim dois terços dessas crianças contam com acompanhamento. E a informação do Ministério da Saúde, e da Secretaria de Saúde também, é de que a vacinação tem avançado extraordinariamente, tanto que a taxa de mortalidade infantil vem diminuindo. Evidentemente, o quadro, embora longe do ideal,  é bastante significativo. 

Paulo Henrique Amorim - E com relação ao aproveitamento das crianças, elas estão frequentando as escolas? As notas das crianças estão melhorando? O que o senhor pode nos contar sobre isso?

Cícero Péricles de Carvalho - Sim, também é positivo. Os balanços que a Secretaria de  da Educação e o Ministério da Educação têm revelado sobre Alagoas enunciam dados progressivos e positivos. Lentos, é verdade, porque há uma história de atraso por trás disso.  Somos uma sociedade historicamente determinada por elementos negativos como latifúndio, escravidão, dependência à monocultura,  com urbanização precoce e acelerada. Esses elementos travam muito a possibilidade de crescimento, porque você joga 800 mil crianças nas escolas, mas o corpo docente é muito ruim, a infraestrutura material é muito ruim, o nível de corrupção é muito alto. Então, tais condicionantes perversas impedem um avanço mais rápido, destinado a nos aproximar da média nacional. Mas o fato é que o impacto desse dinheiro junto às famílias mais pobres, que são 53% do total, tem sido algo espetacular. Por que? Porque é algo capilarizado, Paulo, alcançando o lugar mais remoto do interior, à periferia mais distante da capital e atua. Algo que não se pode fazer apenas com a caridade ou com políticas personalizadas. Então, no conjunto, é muito positivo. O inglês que esteve aqui,  correspondente do Economist,  foi aos bairros periféricos, tanto que escreveu uma matéria extremamente positiva e simpática. 

Paulo Henrique Amorim - Uma revista ultraliberal como a Economist, fazer uma reportagem em defesa de um programa estatal, deixa qualquer um perplexo. O meu caso,  quando vi. Em geral, eles só falam mal... (risos)

Cícero Péricles de Carvalho - Nós fizemos um tour, concentrado na periferia. E ele,  desconfiado,  acredito. Primeiro é um choque, um contraste, um inglês olhando aquela miséria inteira. Deve ter pensado: "Nossa, mãe! É outro planeta!" Complicado para quem vem da Inglaterra e desce aqui( apesar de o Prideaux ser muito viajado). E os resultados, reverberados pelas famílias e por professores, diretores de escolas, pequenos empresários? A rede do comércio de Alagoas e do nordeste inteiro(trata-se de fenômeno regional), é absolutamente favorável ao Bolsa Família, à Previdência... e ao PETI, programa de Erradicação do Trabalho Infantil, que aqui tem um peso significativo, e ao Fundeb e o SUS. A população é muito pobre e, com certeza, vê nesses programas uma saída, uma alternativa para romper o quadro de miséria absoluta aqui existente.
 
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O Conversa Afiada encaminhou a entrevista do professor Cícero Péricles de Carvalho aos senadores Arthur Virgilio (PSDB-AM), João Tenório (PSDB-AL) e ao presidente da Fiesp, Paulo Skaf, com as seguintes perguntas:

Exmo. Sr. Senador Arthur Virgílio,

Diante da entrevista do professor Cícero Péricles de Carvalho (anexa), o senhor, como líder da batalha para derrubar a CPMF, considera que foi apropriado retirar recursos que beneficiam metade das famílias do Estado de Alagoas?

Exmo. Sr. Senador João Tenório,

Diante da entrevista do professor Cícero Péricles de Carvalho (anexa), o senhor considera que foi apropriado o seu voto contra a CPMF e, portanto, contra o Bolsa Família, que beneficia metade das famílias do seu Estado?

Sr. presidente da Fiesp, Paulo Skaf,

Diante da entrevista do professor Cícero Péricles de Carvalho (anexa), o senhor se orgulha de ter contribuído para retirar recursos que beneficiam metade das famílias de Alagoas?
(Sem resposta)

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